Não é habitual que se considere a noção de periferia e os seus efeitos nas histórias da música tradicionais, nem as opções pessoais dos compositores. É tudo envolvido pela aura do grande nome, de tal modo que se esquecem, tanto o seu lugar de origem ou de fixação, como os seres humanos que dão corpo aos nomes. É um efeito secundário do "universalismo"carismático dominante e ilusório nas artes e aceite sem qualquer reflexão geocultural. Nem as opções de retirada são propriamente notícia, com a excepção do caso radical de Rossini.
1. A propósito de Chopin escreve Richard Taruskin: "O estilo de Chopin tornou-se mais nacional à medida que a sua carreira se tornou mais internacional. O "exotismo" vende, especialmente se apresentado como nacionalismo (nacionalismo com "tourist appeal') Apresenta oportunidades mas também grilhetas. Este é um dilema que todos os artistas "periféricos" têm de enfrentar uma vez que existe o establishment e a centralidade da germânica na música "clássica".
2. "Depois do seu sucesso inicial em Paris (26 de Fevereiro de 1832) […] Chopin tornou-se um leão social. Por isso pôde renunciar às salas de concertos. Entre 1838 e 1848, quando foi forçado a regressar aos palcos por ter necessidades materiais, não deu nenhum concerto público de todo."
Chopin, como todos os outros, era um ser humano e, como tal, transportava consigo a marca do seu local de origem e a marca do seu ser.
António Pinho Vargas, 26-8-13
2. "Depois do seu sucesso inicial em Paris (26 de Fevereiro de 1832) […] Chopin tornou-se um leão social. Por isso pôde renunciar às salas de concertos. Entre 1838 e 1848, quando foi forçado a regressar aos palcos por ter necessidades materiais, não deu nenhum concerto público de todo."
Chopin, como todos os outros, era um ser humano e, como tal, transportava consigo a marca do seu local de origem e a marca do seu ser.
António Pinho Vargas, 26-8-13
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